O que é Blockchain e como funciona?

capa blockchain

Provavelmente você já deve ter escutado o termo “Bitcoin” e que ele se refere a uma Criptomoeda, mas você sabe para que serve ou de que modo funciona?

O Bitcoin é a aplicação mais conhecida da tecnologia Blockchain, neste artigo explicaremos o que é e quais são os protocolos básicos para o seu funcionamento.

O Blockchain é um software capaz de armazenar informações sobre processos ou sistemas de uma organização, de modo descentralizado.

Vem ganhando espaço e reconhecimento no dia a dia das pessoas por romper relações com órgãos centrais tradicionais, como: governos, bancos, órgãos públicos e federais etc.

Imagine um cenário onde não se fizesse necessários bancos para que seja possível realizar transferências de dinheiro. Imaginou?

Agora, reflita sobre a possibilidade de não depender do governo para proteger a sua moeda contra desvalorizações, inflações, falsificações etc.

E se, além desses benefícios anteriores, computadores fossem responsáveis por verificarem e executarem seus contratos assinados, ao invés da justiça tradicional?

De fato, esses exemplos já têm se tornados reais.

Isso porque os milhões de usuários do Blockchain deram as boas-vindas para essas possibilidades, quando aceitaram a utilização dessas tecnologias.

Para tornar possíveis esses rompimentos com os órgãos centrais, o Blockchain, com sua rede de participantes, propõe uma série de protocolos computacionais para impedir a ação de invasores, como: alteração de requisições de transferência, falsificação de moedas, controle de emissão de moedas etc.

Para entender melhor como o Blockchain funciona, é necessário entender que há uma série de protocolos para proteger o livro razão computacional (registro de escrituração cuja finalidade é coletar dados cronológicos contabilísticos) contra ações indevidas.

Protocolo básico do Blockchain

Considere a próxima situação para ilustrar os protocolos básicos de uma rede (de pessoas) de Blockchain.

Cinco pessoas compõem um grupo (aberto às novas pessoas) para realizarem, entre si, negociações de produtos.

Além das pessoas participantes, existe um Criptojuiz impessoal e uma Criptoimpressora de moedas, considere que estes dois nomes são fictícios.

Contudo, nessa rede, ninguém, necessariamente, conhece a identidade do outro.

Os participantes da rede, preocupados com a segurança do livro razão, decidem distribuí-lo para todos os participantes, para que todos tenham o direito de escrever neste livro.

Este é o primeiro protocolo de qualquer rede Blockchain: distribuir (descentralizar) o livro razão.

Inicialmente, os livros estão em branco, e cada um dispõe de um exemplar, nas mesmas condições.

Em dado momento, dois participantes (peers) realizam uma negociação e, para concretizar, concordam que um deles deverá escrever no livro razão.

O responsável pela escrita, então, insere os termos do acordo no livro.

Contudo, essa anotação sempre dever ser acompanhada de uma prova de trabalho (PoW, do inglês proof-of-work), ou seja, uma prova da real intenção de executar os termos do contrato.

Esse processo é necessário para não permitir que a ação de escrita se torne banal a ponto de qualquer peer escrever qualquer coisa fora do intuito.

O protocolo dessa rede impõe como prova de trabalho a realização (à mão) de uma “conta de multiplicação grande entre dois números”.

Por se tratar da primeira escrita no livro os dois números são definidos, por exemplo: 53.145 x 123.456 = 6.561.069.120

Sendo:

53.145: Valor referente ao acordo

123.456: Valor atribuído arbitrariamente

A execução dessa conta de multiplicação é conhecida como “mineração”.

Após a execução da escrita do acordo e da conta no livro razão, a pessoa deve enviar uma cópia para cada um dos participantes da rede a fim de validarem o acordo e a conta, para posteriormente aplicarem a mesma escrita em seus respectivos livros.

Quando a maioria dos peers concordarem com a escrita (ou seja, também escreveram em seus livros) o Criptojuiz entra no processo para garantir a execução do acordo.

Em um segundo momento, outro acordo surge e os procedimentos são os mesmos, exceto pelo processo de mineração que deve mudar a conta de multiplicação.

Para atrelar este segundo acordo com o primeiro, a multiplicação deve ser:

41 x 6.561.069.120 = 269.003.833.900

Considerando:

41: Valor referente ao acordo

6.561.069.120: Resultado da mineração anterior incluída no livro razão

É válido esclarecer que a conta de multiplicação foi escolhida como processo de mineração apenas para exemplificação.

Repare que, no processo de mineração ocorre uma referência ao resultado da mineração anterior, formando assim, uma cadeia de minerações.

Por isso o nome: Blockchain (Cadeia de Blocos).

O interesse de todos os participantes em executar a escrita no respectivo livro razão, mesmo não fazendo parte do acordo diretamente, é o que garante a segurança da rede.

Para encerrar o exemplo do protocolo, pode existir a figura do minerador.

O minerador é uma terceira parte que surge apenas para executar a “conta difícil” necessária para escrever no livro razão. Isto é, quando as duas partes não possuem capacidade de executar a mineração, eles o “contratam”.

Esse minerador é remunerado com moedas “impressas” na Criptoimpressora, pelo Criptojuiz.

Por sua vez, essas moedas recebem o termo real de Criptomoeda.

É válido mencionar que essa Criptomoeda é aceita pelos participantes da rede e por participantes que aceitarem fazer parte.

Logo, quanto maior a rede de Blockchain, maior será o valor agregado à Criptomoeda.

A Technik Engenharia obteve esse artigo através CogniLab, que é uma empresa de tecnologia, especialista na criação de algoritmos matemáticos, entre eles, o Blockchain.

Deseja entender melhor sobre o assunto?

Fica a dica!

Acesse o site da Cognilab

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