Por mais mulheres ocupando vagas na indústria brasileira: Grupo Technik apoia essa causa

POR MAIS MULHERES NA INDUSTRIA BRASILEIRA_MARÇO 2022_ESPECIAL

Em continuidade as celebrações do mês da mulher, o Grupo Technik Engenharia destaca o seu apoio a causa e por mais mulheres atuando na indústria brasileira. Segundo artigo no Portal Extra: Mulheres ocupam apenas 24% das vagas na indústria brasileira.

O Grupo Technik assume o compromisso de mudar essa realidade e compartilha abaixo o artigo em questão mencionado, que aborda a situação atual do mercado de trabalho na indústria para as mulheres, perspectivas e iniciativas de grandes empresas.

Formada no curso técnico de Automação Industrial, a jovem Jenifer Fonseca sentiu, aos 20 anos, como o caminho não seria fácil para ela como era para os colegas homens em sua área profissional. Participando de um processo seletivo para uma vaga em uma grande empresa, ela foi aprovada, mas não contratada. Apesar do anúncio da oportunidade não informar qualquer restrição de gênero, neste segundo momento o recrutador alegou que o posto requeria força física e, portanto, precisava ser ocupado por um homem. A resposta traumática fez com que ela decidisse, inclusive, redirecionar a carreira para uma graduação na Engenharia Civil. Integrando um ambiente majoritariamente masculino, ela, hoje empregada, faz parte de um percentual desigual da realidade brasileira: o das mulheres que ocupam apenas uma a cada quatro vagas (24,2%) na indústria brasileira — segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Em 2010, a participação das mulheres na indústria brasileira era de 23,4%. Ou seja, o cenário pouco mudou.

Existem os fatores histórico e cultural. Segundo o IBGE, menos de 14% das mulheres tinham emprego nos anos 1950 e, em 2020, elas já respondiam por 54,5% da força de trabalho no Brasil. Infelizmente, a nossa sociedade ainda tem muito forte os vieses inconscientes de gênero, atribuindo a nós, equivocadamente, menor capacidade de produção; e, na indústria, o trabalho foi, por muito tempo, associado à força física. Mas, se tomarmos como referência a tripla jornada diária que temos, essa premissa não se sustenta, e a boa notícia é que as novas gerações estão cientes disso — diz Adriana Barufaldi, coordenadora nacional do Programa Senai de Ações Inclusivas (PSAI).

Além da descriminação na contratação, consciente ou inconscientemente, outra barreira para a ocupação feminina na indústria é a defasagem de profissionais mulheres. As salas de aulas das Ciências Exatas são notadamente dominadas por eles.

‘É importante querer contratar’

Depoimento de Mariana Dias, cofundadora da Gupy, startup de tecnologias para RH:

Além de evitar os vieses inconscientes no processo de recrutamento e seleção, é muito importante que as empresas tenham intencionalidade, ou seja, que queiram contratar mais mulheres em todas as posições, inclusive assumindo um compromisso com a diversidade. Isso pode ser feito, por exemplo, criando vagas afirmativas para mulheres. No ano passado, nós lançamos as Soluções de Diversidade da Gupy, um conjunto de soluções para incentivar o aumento da diversidade nas empresas. Entre as ferramentas, está a coleta de dados de diversidade dos candidatos (em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD). Desde o seu lançamento, as mais de 500 empresas que usaram as ferramentas conseguiram aumentar em 72% as contratações de pessoas de grupos minorizados.

Estímulo ao ingresso nas áreas

A defasagem de profissionais mulheres caminha para diminuir. Segundo o Senai, entre 2017 e 2021, aumentou em 36% o número de matrículas delas, que estão antenadas às profissões em alta e áreas que mais contratam. Por exemplo, os cursos da área de Automação e Mecatrônica tiveram aumento de 381% nas matrículas do sexo feminino; Logística, 97%; TI, 69%.

Para Adriana Barufaldi, isso é uma contribuição das novas tecnologias, que confrontam o preconceito já citado: o da força bruta como requisito no setor.

As novas tecnologias e as profissões que estão surgindo, com a consequente dissociação da força ao trabalho industrial, abrem oportunidades e tornam-se atrativos para as mulheres buscarem formação no Senai, que forma para atuar na indústria.

No início de 2021, a Bayer assumiu um compromisso global pela igualdade de homens e mulheres em todos os cargos de baixa, média e alta liderança até 2030 — diz Ana Isabel dos Santos, líder de Inclusão e Diversidade da empresa.

Na Ocyan, empresa do setor de óleo e gás, investir em formação também é estratégia.

Assista o vídeo da Ocvan referente a pesquisa do mercado de trabalho na indústria de óleo e gás e mulheres. 

Em menos de um ano, foram feitos três treinamentos para mulheres não colaboradoras, como o de Auxiliar de Plataforma para Ambiente Offshore (traduzindo, “afastado da costa”). No mar, elas são apenas cerca de 5% ainda.

Infelizmente, o ambiente offshore ainda carrega consigo o estigma de um ambiente que “não é para mulher” — aponta Nir Lander, vice-presidente de Pessoas & Gestão.

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Fonte: https://extra.globo.com/economia-e-financas/mulheres-ocupam-apenas-24-das-vagas-na-industria-brasileira-25430621.html 

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